
O arcabouço fiscal preverá altos superávits e restrição aos gastos públicos. A idéia, em si mesma, seria saudável se propusesse rígida Reforma Administrativa que reduzisse o absurdo número atual de ministérios e se baseasse em cortes de gastos públicos. Ou seja, fazer sacrifícios, enfrentar impopularidade e não permitir que a cabeça gastadora do presidente Lula prostitua a tentativa de reequilíbrio das contas públicas.
Afinal, gastança e austeridade não conviveram nem jamais conviverão, harmoniosamente, em economia de nenhum país.
Transformar o país de deficitário em superavitário, sem vender as mais de 140 empresas estatais existentes, soa aos meus sentidos como algo praticamente impossível.
Nesse capítulo incluo a Petrobras, claro, excetuando apenas as estatais ligadas a estratégias militares. Como pode tornar-se superavitária uma economia que sustenta estatais que seriam úteis pagando impostos e prosperando, poupando o Tesouro de, estupidamente, sustentá-las? A Petrobras privatizada seguiria o rumo de Vale, CSN, Embraer. E deixaria de ser “reserva de corrupção”, como aconteceu recentemente ao desfalcarem deslavadamente em quase R$1 trilhão.
O “novo arcabouço fiscal” que está sendo apresentado, neste momento, pelo Ministro Haddad, me leva a uma breve análise do que suponho que ele será.
Ouço o Ministro e recebo, com reservas, o que ele diz e ainda poderá vir a dizer, claro, torcendo para que a tese seja capaz de responder positivamente aos brasileiros. Mas mantenho minhas reservas e preocupações.
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