Quem é
Arthur Virgílio
Olá, sou Arthur Virgílio
Diplomata e político do Amazonas, que fez da Floresta Amazônica e de seus conterrâneos sua principal bandeira de luta.
Estagiei, em 1993 e parte de 1994, na Escola Nacional de Estudos Sociais de Paris, dirigida pelo notável sociólogo Alain Tourraine, grande amigo do presidente Fernando Henrique Cardoso. Fiquei no Centro de Estudos sobre o Brasil Contemporâneo, sob a orientação do genial professor Ignacy Sachs, presente que a Polônia doou ao mundo acadêmico. Meu papel era apresentar seminários sobre a economia brasileira e Amazônia, além de coadjuvar outros seminários sobre a economia francesa, o quadro europeu em geral e a formação ou não da União Europeia, com a adoção de uma moeda única, o Euro, além de um só Banco Central e acordos militares de proteção à União Europeia como um todo e a qualquer dos seus membros. Meu dever também era integrar debates junto com estudiosos franceses e autoridades em ambientalismo desse grande país. Bom momento. Belas lembranças. Debati com Celso Furtado, que foi Ministro do Planejamento e autor do Plano Trienal no governo do presidente João Goulart. Como aprendi com ele e com tantas figuras ilustres e cultas! Surpreendi-me também com o número significativo de cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), que já eram fortes referências sobre nossa região em todos os debates de que participei. O mundo precisa da Amazônia para sobreviver e nosso povo necessita ter apoio externo e competência interna para se tornar a região mais estratégica e importante do planeta Terra.
Arthur Virgílio estreou na vida pública em 1977, quando integrou a primeira executiva jovem partidária na luta contra a ditadura, mobilização capitaneada pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição ao regime militar instaurado em abril de 1964. Ele ingressou aos quadros do MDB em 1966, mas sua primeira candidatura se deu apenas em 1978, obtendo a primeira suplência.
Foi eleito pela primeira vez deputado federal em 1982, já pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), sucessor do MDB. Seu primeiro discurso na tribuna, em 1983, foi em defesa do meio ambiente, causando grande repercussão na mídia nacional pela abordagem àquela altura.
Além do meio ambiente, e em especial a Amazônia, outra marca da carreira política de Arthur Virgílio é a defesa da democracia, até por ter vivenciado a opressão da ditadura. Lutou pelas ‘Diretas Já’ e foi coordenador da campanha no Amazonas. Outro forte movimento encabeçado por Arthur no Estado foi o ‘Muda Amazonas’, em 1986, quando concorreu ao Governo do Estado, já pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB). Não venceu o pleito, mas em 1988 se elegeu pela primeira vez prefeito de Manaus, derrotando o ex-governador Gilberto Mestrinho. Foi neste período, em 1989, que migrou para o PSDB, partido que havia ajudado a fundar no ano anterior.
A grande ascensão de sua carreira política se deu a partir de 1994, quando se lançou candidato a deputado federal, ao mesmo tempo em que também estava envolvido na coordenação da campanha de Fernando Henrique Cardoso, eleito presidente da República. Naquele ano, além da vitória de FHC, Arthur sagrou-se campeão de votos no Amazonas. Foi reeleito ao cargo em 1988, quando também se tornou líder de governo na Câmara dos Deputados. Em 2001, assumiu o cargo de ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República e Conselheiro de Governo na Presidência da República do Governo FHC. No ano seguinte, em 2002, elegeu-se senador pelo Amazonas com mais de 608 mil votos, assumindo a liderança de oposição na Casa.
Entre as grandes vitórias populares alcançadas no Congresso a partir da atuação de Arthur Virgílio, estão a derrubada da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), a prorrogação e defesa dos interesses da Zona Franca de Manaus, a proposta de autonomia do Banco Central – que veio a se tornar realidade em 2020, depois de ser reapresentada no Senado – entre tantas outras medidas que garantiram recursos para o desenvolvimento regional do Amazonas.
Arthur Virgílio foi novamente eleito prefeito de Manaus em 2012, reelegendo-se em 2016. Durante oito anos, transformou Manaus na principal capital do Norte do país, sediando uma Copa do Mundo e as Olimpíadas. Seu governo foi marcado pela realização de grandes obras urbanas, pelo resgate do Centro Histórico, pela implantação do Plano de Gestão Estratégica ‘Manaus 2030’, que inseriu a capital no hall das cidades inteligentes, fomentando fortemente o empreendedorismo e a inovação, além de tornar a cidade referência de gestão e equilíbrio das contas públicas e do setor previdenciário.
Na gestão de Arthur, a educação despontou, saindo do 23º lugar para a nona posição do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Na saúde, Manaus alcançou a marca histórica de cobertura da rede de atenção básica, graças aos investimentos em novas unidades de saúde e contratação de profissionais especializados.
Não menos importante, é necessário destacar que pelo posicionamento firme que Arthur Virgílio tem contra a corrupção, nos últimos mandatos, comandando a principal cidade do Norte, ele teve as contas de sua gestão aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM).
