Concluí o Curso de Preparação para a Carreira de Diplomata, no famoso e internacionalmente respeitado Instituto Rio Branco. E fui para Brasília iniciar um período que me ensinou muito sobre a vida e o mundo.

Meu pai, Arthur Virgílio Filho, era um bom amigo de um dos mais competentes e talentosos embaixadores que tive a honra de conhecer: Paulo Tarso Flexa de Lima.

Em um certo início de noite, surpreendi-me com um telefonema e logo reconheci a voz inconfundível desse grande brasileiro, amigo de meu pai. Conversamos um pouco e ele me fez um convite: “Arthur, aceita ir comigo ao Clube das Nações, para abraçar nossos colegas que acabaram de ser promovidos?”.

Na hora combinada, Paulo Tarso me pegou na entrada do Palácio do Itamaraty e o motorista tocou para frente. Só que eu percebi que estávamos indo em direção que não levava ao Clube. Observei isso e, imediatamente, recebi a resposta: ”Arthur, passaremos antes na casa de um colega e amigo que, infelizmente, não obteve sua promoção. Após a visita iremos cumprimentar os que subiram um passo importante em suas vidas”.

Chegamos depois no festejo dos promovidos e Paulo Tarso foi extremamente gentil com todos os presentes.
Amanhã mostrarei um exemplo de como um grande diplomata pode resolver uma crise que, para os pessimistas, parecia insolúvel.

Excelente ser humano. Notável cérebro da diplomacia brasileira.

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