
A partir deste 1º de janeiro, assim como sempre, desejo um Feliz Ano Novo às amazonenses e aos amazonenses. Mas advirto que o quadro é desafiador na economia, que sofrerá turbulências; na política, que deve exigir obediência ao mandamento constitucional: os poderes, que são três, têm de voltar ao equilíbrio e à interdependência entre eles. O ativismo judiciário não é bom para a democracia. Executivo e Legislativo não devem abrir mão de sua prerrogativas.
Cobro reformas estruturais, como a tributária e a do Estado (37 ministérios representam mais gastos de custeio e menos recursos para investimentos). É inevitável um forte ajuste fiscal, um rigoroso ajuste nas contas públicas. Sem isso, a inflação ganhará força, o país perderá credibilidade junto às empresas que analisam riscos e os investidores tenderão a minguar.
Sou, então, a favor de privatizações e concessões onerosas, estas no campo das estradas, da construção de ferrovias (nossa malha ferroviária é nanica) na exploração privada de estradas, parques e de tudo que seja vantajoso para o Brasil e para os investidores. CUSTO ZERO PARA OS COFRES PÚBLICOS.
É porque amo Manaus, Amazonas e Brasil, que me preocupo. É fácil não fazer nada, deixar o comando com a inércia e a incompetência. No Brasil, não faltou quem chamasse o presidente Juscelino Kubitscheck de louco, por sua ousadia de construir Brasília, que seria a nova capital federal, equidistante de todas as regiões do país. Pois o “louco” JK construiu uma cidade modelo em apenas 3 anos e 4 meses. Bendita loucura do estadista. Nietzsche acertou na mosca: “Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura”. Ousadia e honradez, eis as necessidades básicas da nação brasileira.
Ponto relevante para o Amazonas, Manaus e o mundo todo: não vale apregoar que os incentivos do Polo industrial da Zona Franca foram prorrogados até 2073. Os incentivos, sozinhos, não garantem a sobrevivência do modelo. Momento delicado. Se a Zona Franca ruir, levará junto a floresta, afetará muito negativamente o clima do planeta e nossos rios majestosos virarão córregos insignificantes.
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