AULÃO DE LULA

AULÃO DE LULA

Lula: Mas não lhe cabe mesmo, presidente! O senhor, desnorteadamente, fez o jogo da Rússia contra a Ucrânia. Se não sabia, saiba agora que a Rússia do perverso Putin, não passa, hoje, de satélite da China.

O senhor enxerga o Brasil maior, politicamente, do que ele é, neste momento, na realidade. Passa a impressão de mania de grandeza.

Em política externa, não há amigos e nem inimigos. Existem interesses que, temporariamente, podem unir, ou afastar, países de todas as cores. Seja pragmático. Haja nos limites das suas possibilidades. Mas basta de devaneios.

O senhor julga que é parceiro, de igual para igual, da China. Esta quer apenas tirar proveito do que puder lucrar no Brasil. Então, em vez de “novela” com o título de “OS ALIADOS”, caia na real e comece a trabalhar para arrancar vantagens da China…para o bem estar dos brasileiros e não do presidente da FIESP e suas empresas.

O senhor, de um dia para outro, recebeu um pito de Biden e da OTAN. E, a partir daí, mudou de “opinião” sobre a guerra entre a Ucrânia e essa péssima pessoa que se chama Wladimir Putin.

Presidente, não fica bem o senhor criticar o Banco Central autônomo nem em Brasília e menos ainda, no exterior. Essa sua insistência em rebaixamento da taxa Selic chega a ser “odorica”. Fazer isso, com o risco de ter de voltar atrás mais adiante, é mera demagogia, é mero jogo de fazer opinião pública sobre tema desconhecido pelo senhor e, absurdamente, pelo seu Ministro da Economia, que admitiu, em rede nacional, que não entendia patavinas dos temas da pasta que ora ocupa.

Finalmente, o senhor declarou que ninguém investiria no Brasil, com a Selic a 13,75%. E que os empresários brasileiros “não sabiam vender para o exterior”. Nossa! Ouso sugerir a sua augusta pessoa, que faça uma reunião com as principais lideranças do agronegócio, com Vale, CSN, Embraer e outros atores do mesmo jaez. Dê uma aula de exportação a essa turma, presidente! Seja didático, fale das “fraquezas” de cada um. Ensine o mapa da mina para esses “neófitos”. Com esse aulão, eles vão crescer e atingir a maioridade. Obrigado por sua iluminada paciência em ouvir uma pessoa de poucas luzes como eu.

DIPLOMACIA NÃO É PARA AMADORES

DIPLOMACIA NÃO É PARA AMADORES

A viagem de Lula à China foi um desastre, do ponto de vista das tradicionais relações entre Brasil e EUA.

Literalmente, meteu a mão na cumbuca. Discutiu, com ares de aceitação, a intenção chinesa de tirar mais e mais prestígio do dólar. E a visita à empresa Huawei, segundo entrevista do tarimbado embaixador Thomas Shannon, não foi inteligente. A Huawei é analisada pelos EUA, como um risco à segurança americana.

Diplomacia eficaz é a que defende os interesses do seu país, ampliando e não reduzindo e minimizando relações. É não ser precipitada. De preferência, entender-se bem com dois ou mais litigantes. É não ser juvenil. É ser pragmática e tirar vantagens objetivas e claras das relações que estabelece com quem quer que seja.

Diplomacia não é turma de esquina, que sistematicamente entra em conflito com outra turma de esquina qualquer.

Diplomacia não privilegia a simpatia ou o que parece “amizade”. É, isto sim, ver o que é bom para o país e perseguir o objetivo sem imitar elefante em loja de louças.

Não é para amadores. É para profissionais!

PRESIDENTE, ENTRE NO SÉCULO XXI

No Brasil, de acordo com o último Boletim Focus, a projeção da inflação deste ano subiu de 5,93%, para 5,96%. Há tensão e incertezas. O Governo Lula é pouco concreto em matéria de políticas públicas. E se mostra retrógrado, descrendo da importância do mercado, sendo contra privatizações e até falando, absurdamente, em reestatizações.

A taxa inflacionária foi elevada pela 11ª semana consecutiva, o que sugere processo consistente que assusta investidores e pessoas do dia a dia, que sentem nos preços e na hipótese sólida de a inflação, que deveria estar enjaulada, recomeçar a pairar, bem viva, sobre as vidas de todos, sobretudo a vida das pessoas mais pobres.

Os mercados financeiros nacional e internacional acompanham, com atenção, a movimentação da economia brasileira. A inflação persistente preocupa, sobremaneira, quem traz consigo o senso crítico e de responsabilidade.

Governo Lula se revela frágil, artificial, inoperante e precocemente envelhecido. Precisaria dar a volta de 180 graus. Necessita, urgente, _aggiornar_ seus métodos, ingressar no século XXI, deixar a economia caduca de lado e governar, de verdade, o país.