Zanin no STF

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, oficializou o nome de Cristiano Zanin, advogado, amigo e padrinho de casamento de Lula, para uma vaga do STF.

Indago: essa indicação é moral, meritória e justa? É ou não é promiscuidade Lula indicar um íntimo amigo pessoal, defensor jurídico nas fartas ações que julgavam trampolinagens do peralta hoje presidente?

Onde estão os defensores do espírito republicano, do mérito, da isenção e da imparcialidade exigida para se fazer parte da mais Alta Corte de justiça do país?

Não discuto o nível de conhecimento jurídico de Cristiano Zanin. Insurjo-me é contra a imoralidade, indecência e escárnio que sua escolha, que jamais deveria ter sido cogitada, representa!

Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, declara que ele (Zanin) está “animado e otimista”. É esse o papel que se espera do presidente da Câmara Alta? É certo achar normal que um presidente da República nomeie um preposto seu para o STF? Para serví-lo? Para fazer o jogo que interessa? E o Direito? Ora, às favas com o Direito!

Bolsonaro foi criticado por opositores, quando indicou Ramagem, amigo de sua família, para dirigir a Polícia Federal. E foi criticado por aliados seus, quando se submeteu à decisão do judiciário de impedir a posse de Ramagem, mesmo essa prerrogativa da nomeação sendo do Executivo.

Vejo agora todos agindo com ‘normalidade’ no caso da indicação de Cristiano Zanin, baseada simplesmente na vontade mimada e interesseira de Lula. Não posso aceitar que tentem transformar o STF num reduto de oportunidades.

Quero acreditar num Senado elevado, maiúsculo e justo. E não no papel de chancelador dos devaneios e delírios de um Lula em visível decadência cognitiva.

Lembremo-nos de Delfim Moreira!

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