Vamos juntos construir um novo rumo para o Brasil

Neste domingo (21), 44 mil filiados do PSDB vão escolher, entre os três nomes disponíveis, aquele que irá nos representar nas eleições de 2022

Chegou a hora! Neste domingo (21), 44 mil filiados do PSDB vão escolher, entre os três nomes disponíveis, aquele que irá nos representar nas eleições de 2022 e que apresentará ao Brasil um plano de governo capaz de restaurar as esperanças do povo brasileiro. Durante a campanha das prévias, viajei para todas as regiões do País, fazendo uma verdadeira cruzada pela democracia, pela Amazônia, pelo Brasil e pelo PSDB. Honrei meus compromissos com o Amazonas nos espaços mais altos da política brasileira. E espero ter aberto as portas para que outros políticos amazonenses possam pleitear o cargo de presidente daqui em diante.

As pessoas sempre me perguntam qual é minha expectativa em relação ao resultado. Sei que minhas chances de ganhar são menores, até porque nessa primeira experiência ainda não tivemos votos universais e com o mesmo peso para todos os filiados. Mas, considero-me o grande vencedor. Primeiro, pela simples realização das eleições primárias para presidente, que defendo desde 2017; segundo, porque pude percorrer o Brasil levando minhas bandeiras de campanha, sobretudo colocando a Amazônia como agenda prioritária do partido nas Eleições 2022; por fim, porque acredito que as prévias vão fortalecer o PSDB, devolvendo ao partido a seriedade, ética e transparência, colocando-o de volta no centro das decisões do País.

Essa é uma marca da minha trajetória política, de minha história de vida. Levar à compreensão das pessoas que a Amazônia é a região mais estratégica do mundo e, obviamente, do Brasil. É a região que, se trabalharmos bem, poderemos a médio prazo criar oportunidades econômicas e alimentar todos os cidadãos brasileiros, desde que mantenhamos a floresta em pé. Sabemos que o Polo Industrial de Manaus possui vários inimigos e precisa urgentemente ser remodelado, mas enquanto não houver outra alternativa de desenvolvimento para o Estado, é ele que mantém 95% da floresta preservada no território amazonense. Isso deve ser considerado de maneira pragmática pelos críticos do modelo da Zona Franca de Manaus. Levei essa mensagem e acredito que muitos entenderam.

Meu objetivo foi e é tornar a Amazônia uma discussão nacional, quebrando certo preconceito e desconhecimento em relação à região. E estou muito satisfeito com os resultados. Precisamos massificar esse tema, deixar claro que o Brasil sem a Amazônia é insignificante e devemos olhar para ela com sabedoria e humildade. É obrigação dos brasileiros salvar aquela região, porque ela salvará o Brasil.

Minhas expectativas são as melhores com as prévias tucanas e sonho com um PSDB verdadeiro e sinceramente unido para retomarmos a trajetória do partido que deixou o maior legado que a República brasileira já conheceu. Vamos juntos à luta e vamos à vitória pelo Brasil.

*É diretor do Núcleo de Educação Política e Renovação do Centro Preparatório Jurídico. Foi por 20 anos deputado federal e senador, líder por duas vezes do governo Fernando Henrique, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, líder das oposições no Senado por oito anos seguidos e três vezes prefeito da capital da Amazônia.

É hora de reconstruir o Brasil

Lamentavelmente, será algo em torno de 2% dos filiados que estarão aptos a votar

Publicado em 14 de novembro de 2021 às 07:59

Chegamos na reta final da campanha pelas eleições primárias do PSDB. Daqui a exatamente uma semana, os filiados do partido que se cadastraram no sistema eleitoral poderão escolher, entre três candidatos, quem eles querem que os represente na disputa eleitoral de 2022 para a presidência da República. Lamentavelmente, será algo em torno de 2% dos filiados que estarão aptos a votar. Mas, tenho a convicção de que 30 mil pessoas fazendo suas escolhas dão muito mais credibilidade e legitimidade ao resultado que um punhado de caciques ou algumas dezenas de delegados falando por todos. As prévias do PSDB representam um momento único, de vanguarda na política brasileira. É óbvio que precisamos aprimorar o processo, mas estamos um passo à frente dos outros partidos.

Tenho sabores diversos nessa caminhada. Um sabor doce de vitória, carinho e compreensão, que obtive em todas as cidades em que fui e, com a certeza, de que minhas mensagens foram compreendidas; um sabor de inconformismo, por saber que, por ser do Amazonas, um Estado politicamente frágil, alguns tratam minha candidatura como algo estranho, com um indisfarçável preconceito; sabor de indignação, por confirmar o muito que está sendo feito para desmantelar este país, levando milhões de pessoas ao desemprego, à fome, à miséria. Mas, acima de tudo, um sabor de esperança, de confiança de que podemos resgatar a economia e a confiança da população em dias melhores.

Mais do que nunca, é preciso falar para o Brasil. Dizer que é necessário parar, de imediato, o desmanche que está sendo feito na economia, na saúde, na educação, no meio ambiente e nas políticas sociais. E para isso é necessário, primeiro e antes de tudo, reinserir em cena o tripé da economia que garantiu o sucesso do Plano Real: responsabilidade fiscal, controle da inflação com metas e o câmbio flutuante. Sem isso não é possível fazer nada. Depois, é imprescindível investir em geração de emprego e renda, atraindo investimentos privatizados e públicos para as obras de infraestrutura, dentro e fora das áreas urbanas, colocar em prática os programas de desenvolvimento sustentável para a Amazônia, possibilitando a inserção do Brasil em uma economia de produtos verdes, estimada em trilhões no mercado mundial, e no Plano de Desenvolvimento do Nordeste, oportunizando seus produtos culturais, turísticos e outros segmentos.

É preciso investir em educação, que é a chave para que possamos sair desse imbróglio. Investir em saúde pública, em programas sociais voltados para os mais pobres, mas com data de saída, onde possamos investir nas pessoas e promover a autonomia e emancipação delas. Precisamos governar com os olhos bem direcionados para as mulheres, negros, povos indígenas, LGBTQIA+, enfim, todos os que mais precisam.

Quem for o próximo governante do país vai encontrar uma terra arrasada, resultado de um total desgoverno que não precisa de impeachment e sim de uma interdição. É um governo que não tem programa e atrai pela fisiologia. É lamentável ver parlamentares aderindo ao fisiologismo, vendendo suas consciências.

Durante essa campanha das prévias estive viajando pelo Brasil. Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste, Norte. Fui muito bem recebido e sou muito grato. Tenho consciência de que, se não votarem em mim, votarão nas causas que defendo, na democracia e no fortalecimento e ressignificação do PSDB no cenário político nacional.

Vou continuar minha cruzada, de fé, de amor ao Brasil e aos brasileiros, de amor à Amazônia. Ficarei feliz com a votação que tiver e estarei com o PSDB, seja qual for o resultado, para construirmos uma candidatura possível de trazer nossa nação de volta a uma história pujante de riquezas e aspirações nacionais e mundiais. Estou convencido de que o Brasil precisa de um governante que conheça realmente a Amazônia e que tenha experiência efetiva de governar, qualidades que reúno. Coloco-me à disposição do meu partido e do meu país, sempre!

* É diretor do Núcleo de Educação Política e Renovação do Centro Preparatório Jurídico (CPJUR). Foi por 20 anos deputado federal e senador, líder por duas vezes do governo Fernando Henrique, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, líder das oposições no Senado por oito anos seguidos e três vezes prefeito da capital da Amazônia.

Precisamos de mulheres pensando o Brasil

O voto feminino, em todo o mundo, representa a melhoria das políticas públicas para reduzir as desigualdades

Publicado em 7 de novembro de 2021 às 07:59

No último dia 3 de novembro, o Brasil celebrou a instituição do voto feminino, após uma luta que durou quase 100 anos. Muito mais que o direito de escolher seus representantes no Legislativo e no Executivo, o voto feminino, em todo o mundo, representa a melhoria das políticas públicas para reduzir as desigualdades, principalmente aquelas que atingem as próprias mulheres, as crianças e os homens trabalhadores, com a ativa participação delas, na articulação, negociação, elaboração e aprovação de leis mais humanizadas.

Na Europa do século XIX, o movimento sufragista feminino lutava pelo fim do trabalho escravista a que eram submetidos homens, mulheres e crianças maiores de 3 anos de idade e por melhores condições de moradia, de salários, de educação e de vida, enfim. E, em plena Londres, onde a industrialização avançava para enriquecer a economia do país, havia um apartheid real, com uma linha divisória muito nítida que separava os bairros ricos dos bairros do East End, sinônimo de pobreza, doenças, superlotação e criminalidade.

As mulheres sufragistas lutavam para melhorar as condições dessas pessoas e, após longa batalha, muita dor e perseguição, vitórias foram conquistadas na Europa e em alguns estados norte-americanos mais progressistas. Exemplo dessas vitórias são o voto feminino, as reduções de jornada de trabalho, a proibição do trabalho infantil, a garantia de educação a meninos e meninas e o acesso das mulheres às universidades, apenas para citar algumas delas.

Portanto, fica claro que o voto feminino vai muito além do simples direito ao exercício democrático de escolher representantes, o que já seria grandioso, se a realidade fosse outra menos dramática. O movimento feminista vai também muito além da romântica cena de queimar sutiã em praça pública, imagem mais que celebrada na década de 1970. Exigiu delas muita força, coragem e determinação para colocar as suas condições, exigir que a parte majoritária da sociedade fosse ouvida e respeitada.

No Brasil, a luta das mulheres pelo direito de votar ganhou força a partir do final do século XIX, quando foi aprovada a Lei Saraiva, que permitia que todo brasileiro com título científico pudesse votar e a cientista Isabel de Souza Matos, de forma inteligente, exigiu na Justiça seu direito ao voto. Surgiram movimentos e partidos, como a Federação Brasileira para o Progresso Feminino, liderada pela feminista Berta Lutz, que assim como as sufragistas da Inglaterra, lutava pela inserção da mulher no mercado de trabalho, pelo direito à educação e pela conquista do voto feminino, que só chegaria em 1932, com a primeira eleição com participação feminina em 1933.

Atualmente, a luta é ainda maior. Não só queremos mulheres votando, exercendo seu direito a escolher seus representantes. Queremos resgatar esse sentido de que o voto feminino vai além. Queremos as mulheres participando ativamente da vida pública, seja como representantes do povo pelo voto, seja como cabeças de movimentos que reivindiquem políticas públicas eficazes para o bem-comum, ou como servidoras públicas competentes a pensar e executar essas políticas públicas. Queremos avançar à paridade de gênero, em todos os serviços públicos e, também, na vida partidária, com maior participação das mulheres na identidade de seus partidos, na conduta de suas bancadas e na disputa do voto.

Mais de 50% da população e do eleitorado brasileiro é formado por mulheres e as condições subumanas ainda estão aí para nos envergonhar. Precisamos delas na linha de frente dessa luta. Eu repito aqui a frase do cientista político inglês Edmund Burk: tudo que o mal precisa para prevalecer é que os bons não se manifestem.

Precisamos, portanto, de mais mulheres na política e na administração.

* É diretor do Núcleo de Educação Política e Renovação do Centro Preparatório Jurídico (CPJUR). Foi por 20 anos deputado federal e senador, líder por duas vezes do governo Fernando Henrique, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, líder das oposições no Senado por oito anos seguidos e três vezes prefeito da capital da Amazônia.

Salvemos os povos indígenas, antes que seja tarde

Líderes de 196 países estarão reunidos em Glasgow, na Escócia, para avaliar as metas para reduzir o aquecimento global

A partir deste domingo, 31 de outubro, líderes de 196 países estarão reunidos em Glasgow, na Escócia, para avaliar o que foi feito no cumprimento das metas do Acordo de Paris para reduzir o aquecimento global. O Brasil não fez a lição de casa, ao contrário, apresenta uma proposta de aumentar sua cota no aquecimento global e está dando mostras muito claras com a política de “passar a boiada”, deixada como herança pelo ex-ministro do Meio Ambiente.

A 26ª Conferência das Nações Unidas para a Mudança do Clima (COP26) não deverá trazer boas notícias para o mundo, mas esperamos, ao menos, mais compromisso, menos conversa e mais ação para impedir o que vem ocorrendo com a nossa Amazônia, por exemplo, sob ataque constante e crescente de tudo o que é pernicioso: grilagem, garimpo e extração de madeira ilegal, contaminação dos rios, desmatamento, queimadas. Um surto de insensatez, insanidade, omissão criminosa.

No meio de tudo isso, uma situação das mais graves e inquietantes diz respeito às terras indígenas, que têm um papel significativo no combate às mudanças climáticas, e aos povos indígenas, parceiros essenciais para conservação da floresta em pé, nas mais de 560 demarcações de terras indígenas do Brasil. O ano de 2020 foi trágico para os indígenas brasileiros. Ficou marcado pelo alto número de mortes ocorridas em decorrência da má gestão do enfrentamento à pandemia no Brasil e pela invasão de suas terras por grileiros, garimpeiros, madeireiros e outros invasores, que atingiu 201 terras indígenas, de 145 povos, em 19 estados.

O número de indígenas assassinados no Brasil, em 2020, foi o mais alto em 25 anos, com 182 mortes. É cruel. É mais um genocídio indígena, em pleno século XXI. E isso está corroborado no relatório Violência Contra os Povos Indígenas do Brasil, um trabalho apuradíssimo do Conselho Indigenista Missionário (Cimi). Não estou inventando nada. Venho alertando para isso há muito tempo e, graças a Deus, não estou sozinho nessa caminhada.

O relatório dá o exemplo da Terra Indígena Yanomami, onde é estimada a presença ilegal de 20 mil garimpeiros. Eles devastam o território, provocam conflitos, praticam atos de violência contra os indígenas e, ainda, atuam como vetores do coronavírus. Eu passei todo o ano de 2020 alertando para isso, pedindo até mesmo a ajuda internacional para evitar o caos e o massacre da população indígena. Lamentavelmente, perdemos parte importante da nossa cultura milenar e aliados na busca de alternativas para o uso sustentável da nossa floresta.

A Funai, é claro, não reconhece nenhum dado do relatório realizado pelo Cimi. A exemplo de outras instituições governamentais que deveriam trabalhar para proteger a Amazônia e os indígenas, proteger o patrimônio biogenético brasileiro, nossas águas, nossa fauna, flora e, principalmente, nossa gente, a Funai está desbaratada, desarticulada, imobilizada em suas funções de regulamentar, fiscalizar e punir os criminosos.

É um quadro devastador e clamo para que todos nós, especialmente os amazônidas, onde vive a maioria das etnias indígenas do Brasil, nos unamos em uma só voz em defesa dos povos originários. Precisamos fortalecer nossas instituições indígenas, trabalhar planos de gestão territorial e ambiental, entre outras atividades e, principalmente, agir com mão dura contra os crimes praticados hoje.

Que a Cúpula do Clima reunida em Glasgow não se atenha meramente aos números de emissão de carbono na atmosfera, mas saiba ver o que está em primeiro plano nessa questão, que é a vida em todas as suas formas, humanas ou não.

Salvemos nossos povos indígenas, antes que seja demasiado tarde!

* É diretor do Núcleo de Educação Política e Renovação do Centro Preparatório Jurídico (CPJUR). Foi por 20 anos deputado federal e senador, líder por duas vezes do governo Fernando Henrique, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, líder das oposições no Senado por oito anos seguidos e três vezes prefeito da capital da Amazônia.

A Amazônia é nossa! Essa campanha já pegou

São muitas as razões para comprarmos essa ideia e nos mobilizarmos em torno dessa campanha

Concluí meu giro pelas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste em campanha pelas prévias do PSDB levantando a bandeira de defesa da Amazônia, um grito pela salvaguarda de nossa soberania mas, acima de tudo, pela proteção da nossa maior riqueza, a biodiversidade amazônica e a necessidade urgente, urgentíssima, de traçarmos e colocarmos em prática um Programa Nacional de Uso Sustentável dos Recursos Naturais da Amazônia, com ampla aceitação do mercado internacional, seja pela indústria farmacêutica, cosmética e alimentícia, seja pelos serviços que prestamos ao meio ambiente e ao equilíbrio do planeta.

São muitas as razões para comprarmos essa ideia e nos mobilizarmos em torno dessa campanha: A Amazônia é nossa! E é nossa para cuidarmos, defendermos e usufruirmos. É ela a nossa última fronteira de desenvolvimento para o país, é o cartão de boa conduta junto às comunidades internacionais e é a nossa possibilidade de legar um planeta habitável para a humanidade. Estou feliz com a aceitação. Quando falo isso para as pessoas, elas vibram, ficam em êxtase.

Essa campanha já pegou e vai dar certo, como deu certo a campanha “O Petróleo é nosso”, que movimentou o Brasil a partir do final da segunda guerra mundial, tendo à frente diversas figuras de peso, como o meu pai, o senador Arthur Virgílio Filho. Foi um movimento nacionalista? Sim. Mas eles entendiam como de vital importância que a independência econômica viesse junto com a independência política que chegava pelos movimentos democráticos. O movimento ganhou as ruas, foi para o Congresso e, dois anos depois, foi criada a Petrobrás e a Lei do Petróleo foi aprovada.

Precisamos disso, mobilizar a nação, mostrar que sem Amazônia não haverá Brasil no futuro, que seremos um país apequenado e sob risco de intervenção internacional, de perdermos nossa soberania sobre a floresta amazônica, porque o país não cumpre seus acordos de redução do impacto ambiental, de manter a floresta em pé e o equilíbrio do planeta, com a redução do aquecimento global. Pior, enfraquece os órgãos de controle e fiscalização, estimula atividades criminosas como o garimpo, a exploração ilegal de madeira, a grilagem e a invasão de terras indígenas. É preciso parar com essa devastação!

Por que não usarmos as riquezas da Amazônia e suas potencialidades econômicas internacionais para nos tornarmos, aí sim, um gigante da economia, uma megapotência mundial? É preciso planejar, investir em ciência e tecnologia, identificar mercados, atrair investimentos nacionais e estrangeiros, unir o conhecimento científico com o dos povos tradicionais e, acima de tudo, manter a floresta em pé.

Fiquei muito feliz com a receptividade que tive em todos os estados por onde passei. Encontrei pessoas maravilhosas do meu partido e de fora dele. E tenho certeza que falei o que elas queriam ouvir, senti a alegria e o carinho na recepção e nos questionamentos que me faziam.

Falei muito de Amazônia, sim. Mas falei também do compromisso fundamental do PSDB com a democracia, acima de tudo, com a recuperação econômica do país, com a necessidade de voltar a dar esperanças ao povo, de um país livre, democrático, saudável e com expectativas e esperanças para seu povo.

Com as prévias, o PSDB, se apresenta como uma forte via que pode e deve ser a alternativa para reestruturar o país. O partido agora precisa se reafirmar como opção de poder, retomar com muita força sua trajetória na história do Brasil, como o autor das maiores e mais significativas mudanças nos campos econômico, político e social, liquidando a hiperinflação, fazendo a primeira geração de reformas estruturais e reforçando as suas ideias-base, suas ideias-força.

A campanha das prévias enche meu corpo de adrenalina boa, reaviva ainda mais minha vontade e capacidade de luta. Em breve estaremos no Norte. Faltam menos de 30 dias para a eleição das prévias e eu estou na luta. Como dizem no jargão do futebol: estou na área, se derrubar é pênalti.

* É diretor do Núcleo de Educação Política e Renovação do Centro Preparatório Jurídico (CPJUR). Foi por 20 anos deputado federal e senador, líder por duas vezes do governo Fernando Henrique, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, líder das oposições no Senado por oito anos seguidos e três vezes prefeito da capital da Amazônia.

Estou nas prévias para vencer, sou forjado na luta e na incessante busca da vitória

Neste início de semana estarei participando do primeiro debate do processo de disputa interna do PSDB. É uma coisa que gosto muito. As prévias são feitas pelo debate, as eleições são feitas pelo debate, uma sociedade mais justa se constrói pelo debate

Muita gente tem me perguntado se vou até o fim no processo das prévias que o meu partido, o PSDB, está realizando para a escolha de um candidato à presidência da República, no que já se convencionou chamar de terceira via, em contraposição à polarização hoje existente para as eleições de 2022. E eu respondo com muita tranquilidade e convicção que sim, vou até o final. Nunca iniciei um projeto para largá-lo pela metade. Abri mão de disputas fáceis para não deixar pela metade o cargo de prefeito da minha cidade, por exemplo. Se milhares de cidadãos confiaram em mim, não vou decepcioná-los.

E nas prévias, digo mais: estou na luta para vencer. Sou forjado na luta e na incessante busca de vitória. Não estou brincando de ser candidato. Creio que o meu partido tem muito a oferecer ao Brasil e eu também tenho, afinal, dos três candidatos sou o que reúne a maior experiência na vida pública, com três mandatos de prefeito, um de senador, dois de deputado federal, lideranças de governo e de oposição e o cargo de ministro-chefe da presidência da República no governo Fernando Henrique Cardoso.

Confio plenamente na minha capacidade de disputar as prévias e, se vencedor, disputar a presidência e, se vencedor, implantar neste país o futuro que a gente deseja, a partir da semente que plantamos hoje, com as políticas públicas necessárias para a retomada do crescimento econômico, o fim da inflação, da pobreza, da fome; por mais justiça e seguridade social; e pela preservação da Amazônia e seu uso sustentável para, de uma vez por todas, elevar o Brasil ao caminho de superpotência econômica, aliando as riquezas da nossa biodiversidade e seu uso inteligente e integrado entre o conhecimento científico e conhecimento tradicional dos povos da floresta.

O Brasil, neste momento, está muito longe da perspectiva de se tornar uma potência global. Mas, temos saída para enfrentar a crise baseando as medidas no tripé macroeconômico: câmbio flutuante, responsabilidade fiscal e inflação controlada, utilizado durante a implantação do Plano Real. É preciso também enfrentar com rigor e vigor o déficit primário, na ordem dos trilhões de reais, com um grande programa de ajuste da máquina pública, redução de gastos e privatizações. Esse tema não é mais tabu, a população brasileira já está muito consciente do que deve ser administrado pelo Estado e do que está melhor nas mãos de empresas privadas.

Vejo com muita preocupação o aumento do quadro de fome no Brasil que, segundo a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), atingiu 19 milhões de pessoas e outras 116,8 milhões (52,2% da população), convivem com algum grau de insegurança alimentar. Temos que trabalhar muito essa questão da fome e a geração de novos postos de trabalho e de oportunidades. Esse é o cenário que o PSDB deve enfrentar, se quiser se credenciar à presidência. E precisa estar unido. É uma questão de ter habilidade.
Demorei a entrar de corpo e alma na disputa das prévias, porque minha campanha depende exclusivamente dos recursos partidários destinados para tal. Mas estou na estrada. Já visitei várias cidades nos últimos dias. Confesso que há muito tempo não percorria o Brasil assim, indo de uma cidade para outra em poucos dias. Estou tomando um banho de Brasil e retribuindo com o banho de Amazônia. Falo para quem me ouve, diretamente para os militantes, para pessoas que estavam ansiosas por serem incluídas no processo. Na hora do voto elas não vão precisar bater continência para ninguém. Quero um partido que pertença aos militantes, acima de donos e de caciquismo.

Neste início de semana estarei participando do primeiro debate do processo de disputa interna do PSDB. É uma coisa que gosto muito. As prévias são feitas pelo debate, as eleições são feitas pelo debate, uma sociedade mais justa se constrói pelo debate. E não é porque somos todos do mesmo partido que vou me fazer de morto ou de paisagem. Vou debater, de fato. Isso é o bom e o saudável de uma democracia e que será responsável por reerguer o PSDB. Espero um grande debate.

Logo após, no final da tarde da terça-feira, dia 19, tenho um encontro com a militância do Rio de Janeiro, depois, já seguindo  ao Sul do país. Primeiro em Porto Alegre, onde quero conversar muito com o Eduardo Leite, dizer para ele que fiquei com muito ciúme pelo Tasso Jereissati ter saído da disputa para apoiá-lo, porque o Tasso é meu amigo do coração. Brincadeiras à parte, Eduardo Leite tem o meu respeito e, assim como já conversei com o Doria, quero também ter esse canal de diálogo com ele. Ainda no Rio Grande do Sul, quero abraçar e matar a saudade de meu grande amigo, senador Pedro Simon, que considero um patrimônio nacional.

Depois, é seguir viagem, com os pés no chão, o coração em Deus e a cabeça pensando no Brasil e na Amazônia, sempre!

Uma virada de 180° na política ambiental brasileira

O presidente tem duas opções: insistir em uma política ambiental destrutiva ou dar uma virada de 180 graus e se redimir perante a história

O presidente Bolsonaro foi denunciado na Corte Penal Internacional da Haia, acusado pelo crime de destruir a Amazônia. Algo grave, que enfraquece ainda mais a diplomacia brasileira.

O fato é que as queimadas frequentes no Pantanal desfiguram mais e mais aquilo que já foi um paraíso turístico e ecológico. A fauna apresenta dezenas e dezenas de animais em vias de extinção. A flora está desfigurada, está triste, como me sinto triste neste momento.

Na Floresta Amazônica, o desmatamento subiu 280%, em março de 2020, se compararmos a março de 2019. E em abril de 2020, foram aniquilados mais 234 quilômetro quadrados de floresta.

Foi imperdoável o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, ter usado a pandemia para facilitar o garimpo poluidor e o desmatamento irresponsável. É como ouvi alguém dizer outro dia: “desmatador não trabalha em home office e nem se recolhe em casa portando máscara e álcool em gel”.

Escrevi, bem recentemente, que estamos entrando na era da Soberania Ecológica, especialmente no caso da Amazônia, tão relevante para a realização do sonho universal de cumprirmos, no tocante ao aquecimento global, com as metas estabelecidas na Cúpula do Clima realizada em Paris, em 2015.

Ao mesmo tempo em que a Amazônia sofre com sucessivos recordes de desmatamentos, armam-se estratégias – começando pela Europa e com tendência de se espalharem por todo o mundo desenvolvido – no sentido de boicote a produtos brasileiros de exportação, inicialmente aqueles oriundos de terras desmatadas ilegalmente ou de solos degradados.

Vejam só! Perder o peso do saldo consistente em nossa balança comercial seria péssimo para nossa economia. O presidente tem duas opções: insistir em uma política ambiental destrutiva ou dar uma virada de 180 graus e se redimir perante a história. Questão de bom senso e até de autopreservação.

* É diretor do Núcleo de Educação Política e Renovação do Centro Preparatório Jurídico (CPJUR). Foi por 20 anos deputado federal e senador, líder por duas vezes do governo Fernando Henrique, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, líder das oposições no Senado por oito anos seguidos e três vezes prefeito da capital da Amazônia.

Seiscentas mil vidas perdidas. Que pena!

O Brasil alcança o lamentável segundo lugar, no mundo, em vidas ceifadas pela pandemia da Covid-19

Esta semana superamos a triste e amarga marca de 600 mil mortes por Covid-19 no País. Não conheço um brasileiro que não tenha chorado a perda de um familiar, um amigo, um conhecido, um ídolo, nesses tempos angustiantes de pandemia. Com isso, o Brasil alcança o lamentável segundo lugar, no mundo, em vidas ceifadas por essa pandemia sorrateira e cruel. Em números absolutos, perdemos quase o dobro de pessoas mortas em 10 anos de sangrenta guerra civil na Síria.

A perda leva ao sentimento de desamparo, duro desamparo! A todos que perderam pessoas queridas ou ainda enfrentam a doença, minha solidariedade de sempre. Rezo e oro para que tenhamos forças para atravessar as tormentas que certamente teremos um pela frente. Falo por experiência própria, pois estou entre os que contraíram a implacável Covid. Sou, porém, vítima inequívoca da pandemia, porque perdi muita gente querida e, por essas pessoas, derramei lágrimas que me marcaram a alma e o coração.

Expresso, então, minha preocupação com o futuro das pessoas, dos jovens, dos trabalhadores, dos que sobreviveram à pandemia e continuam com graves problemas a enfrentar nos tempos duros que estão vindo. Sinto falta de políticas públicas eficazes, que possam contemplar essa nova clientela, nos aspectos físicos, psicológicos, sociais e econômicos.

A pandemia e o negacionismo tiraram do Brasil, até agora, mais de 600 mil vidas. Além da tristeza, restou um impacto econômico estimado em R$3,8 trilhões, equivalentes a cerca de 51% do PIB do ano passado. Grave situação!

As dificuldades deverão aumentar. E aí mais Covid-19 significa menos gente com capacidade de trabalhar, mais comorbidades, menor capacidade de recuperação da economia brasileira.

Somam-se a esse quadro a fome e um brutal desemprego, da ordem de 15 milhões de pessoas, fora os 6 milhões que desistiram de retornar ao mercado de trabalho. A inflação mostra suas garras e empobrece, ainda mais, os mais pobres, voltando à depreciativa marca de dois dígitos, se os números forem atualizados. Um quadro cada dia mais desalentador.

Observo, com precaução, alguns gestores liberando a realização de grandes eventos, como o Carnaval, e já discutindo a liberação do uso das máscaras. Isso alerta os meus sentidos, pois está claro que a pandemia não acabou e há novas variantes no ar. Claro que a aplicação das vacinas em todo o território nacional ampliou nossas chances de enfrentar o vírus, senão pela imunização total, mas dando ao organismo maior chance de enfrentar a doença sem chegar à letalidade. Aliás, as vacinas contra a Covid-19 deverão se tornar periódicas, como já são as que combatem as Influenza, por exemplo.

Com imenso pesar e toda a sinceridade de quem geriu uma metrópole que virou epicentro da doença no mundo, deixo uma mensagem de clamor à população para que, mesmo que as regras sanitárias sejam flexibilizadas, continue ela apostando na higienização, no uso de máscaras e, sem dúvida alguma, na vacinação em todas as doses exigidas pela ciência. A palavra de ordem é preservar a saúde. Sem ela, não há economia, nem empregos e nem futuro.

*Diplomata, é diretor do Núcleo de Educação Política e Renovação do Centro Preparatório Jurídico (CPJUR), foi deputado federal e senador, líder por duas vezes do governo Fernando Henrique, ministro-Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Conselheiro da República, líder das oposições no Senado por oito anos seguidos, três vezes prefeito da capital da Amazônia.

Nunca fui dos que desistem

Irei até o fim porque tenho mensagens importantes para dar ao meu país, especialmente aos tucanos

Publicado em 3 de outubro de 2021 às 07:59

Começamos nossa caminhada rumo às prévias do PSDB e, esta semana, tive um bonito encontro com lideranças e militância do partido em Goiânia. Fomos recebidos pelo ex-governador de Goiás e presidente interino do PSDB-GO, Marconi Perillo, meu irmão de coração e um bravo companheiro de luta política e partidária. Sinto-me honrado e feliz com o apoio e carinho demonstrados por todos. Com eles tive uma conversa franca, não de discursos eleitorais, mas uma conversa olho no olho sobre assuntos que são realmente muito prementes e preocupantes para o nosso Brasil.

Antes, quero dizer da minha surpresa com as notícias dando por certa minha desistência das prévias do meu partido. Não se enganem, eu jamais fui de desistir de nada, nunca. Irei até o fim porque tenho mensagens importantes para dar ao meu país, especialmente aos tucanos. Tenho convicções muito profundas e não me afasto delas. Quem acompanha minha vida pública sabe disso e eu tenho orgulho de olhar para o passado e saber que não desmonto as minhas crenças, que travei desde sempre as grandes lutas a favor da democracia, em defesa da Amazônia e dos direitos plenos dos cidadãos, assim como o compromisso com uma economia forte, saudável, que gere emprego, renda e novas perspectivas de vida para a população.

Pois bem, nas conversas que tive em Goiânia e que terei em outras cidades que estarei visitando nos próximos dias e meses, como Brasília onde estarei nesta segunda-feira, darei o meu recado, simples e direto. Primeiro ao meu partido, porque tenho a clareza de que a única saída para o PSDB voltar a ser grande e magnífico é a unidade e a união. Já não cabem vaidades, projetos pessoais. As prévias devem se dar no campo das ideias, no debate saudável e respeitoso.

O outro recado, e esse também repetirei até a exaustão, é o da defesa incondicional da Amazônia. Infelizmente, a maioria dos brasileiros que amam a Amazônia e suas belezas exóticas não sabem do risco que corremos com o exorbitante crescimento das queimadas e dos desmatamentos. Deixem as árvores em pé, porque em pé elas combatem o aquecimento global. É uma teimosia brutal continuar a destruir a floresta e, com isso, caminhamos para tornar o mundo impossível de ser habitado por seres humanos. É esse o legado que queremos deixar? E a isso se junta a ameaça à soberania brasileira sobre a Amazônia, porque não cumprimos o que acordamos com os demais países para reduzir os riscos do aquecimento global. Ignoramos, de forma vil, que o futuro do Brasil está na Amazônia, que ela é a resposta para gerarmos mais riquezas, emprego, renda, desenvolvimento social e respeitabilidade mundial.

O terceiro recado é que precisamos deter os ataques à democracia. E o PSDB tem o dever de liderar a caminhada para consolidar a democracia brasileira e colocá-la entre as mais fortes e consistentes do mundo. Podemos ou não fazer um presidente na próxima eleição, mas esse não é o ponto mais relevante. O relevante é formar uma frente ampla democrática, capaz de barrar, em definitivo, esses surtos de ameaça à liberdade, às instituições, à independência e harmonia entre os poderes, enfim, barrar qualquer projeto engendrado por aqueles que temem uma sociedade livre, educada e saudável em todos os aspectos.

Vamos à luta! O Brasil só tem a ganhar.

*Diplomata, é diretor do Núcleo de Educação Política e Renovação do CPJUR – Centro Preparatório Jurídico, foi deputado federal e senador, líder por duas vezes do governo Fernando Henrique, Conselheiro da República, ministro-Chefe da Secretaria-Geral da Presidência, líder das oposições no Senado por oito anos seguidos, três vezes prefeito da capital da Amazônia.

Rumo às prévias com muita confiança

Comecei a apresentar uma ousada plataforma de governo que pretendo defender nessa caminhada dura e desigual

O Partido da Social Democracia Brasileira cumpriu a primeira fase da histórica e vanguardista decisão de promover prévias partidárias para a escolha do nome que o representará nas eleições presidenciais de 2022. Um momento particularmente feliz para o Amazonas e para mim, que oficializei meu nome como um dos quatro líderes nacionais que entrarão na luta. O PSDB faz história agora, como fez quando derrotou a hiperinflação, implantou a Lei de Responsabilidade Fiscal, promoveu toda uma geração de reformas estruturais, equilibrou as finanças caóticas que encontrou, ofereceu a nação, que não tinha moeda séria, adotando cuidadosa e competentemente o Real, que também veio para ficar e gerar estabilidade econômica, devolvendo ao povo a autoestima que o populismo e a incompetência haviam surrupiado dos brasileiros.

Imediatamente, após confirmar minha inscrição, comecei a apresentar uma ousada plataforma de governo que pretendo defender nessa caminhada dura e desigual, que servirá para esclarecer os brasileiros sobre questões estratégicas que, imemorialmente, têm sido negligenciadas. O pontapé inicial foi em São Paulo, onde participei de reunião com a Secretaria de Relações Exteriores do Estado, abrindo densa discussão sobre a importância da Amazônia, da floresta em pé, da proteção aos “rios voadores” que banham de chuvas e generosidade grande parte do Brasil, além de Argentina e Uruguai. Falei da relevância dos nossos grandiosos rios, cheios de uma água doce, potável e de fácil extração, que tanta falta começa a fazer quase que ao mundo inteiro. Falei do banco genético mais rico do planeta que, se explorado com cuidado científico e o auxílio dos nossos índios e caboclos, representará a prosperidade do Amazonas, da Amazônia e do Brasil. Chega de conspirações contra o futuro da região mais estratégica do Brasil, essencial para o equilíbrio climático do planeta. Falei de recompor o prestígio da diplomacia brasileira, antes muito admirada e hoje tão depreciada.

Depois, fui a Brasília, reunir-me com o senador Tasso Jereissati colocando as mesmas pautas e, em breve, estarei com o governador Eduardo Leite, no Rio Grande do Sul. É um exercício de democracia e respeito que jamais deixarei de exercer. Meu objetivo nessas prévias presidenciais é dar um recado forte e definitivo em defesa da Amazônia e de um povo que, cercado de tantas riquezas, não pode ser pobre e nem amesquinhado por quem quer que seja.

Desmontarei o mito de que a Zona Franca de Manaus desserviria ao país, quando a verdade aponta que é ela a sustentar 95% da cobertura florestal original do Amazonas. Sem ela, desaparece a floresta, emagrecem os rios, a biodiversidade é destruída e desperdiçada. O preconceito contra a ZFM é fruto do desconhecimento de milhões de brasileiros. Quero ir aos corações e mentes desses patrícios, ainda alienados, e de empresário de visão mesquinha.

Aprecio o poderoso agronegócio brasileiro, superior ao da França e fazendo jogo duro com o dos EUA. Pergunto: derrubada a floresta e reduzindo os grandes rios a igarapés, como o agronegócio nacional sobreviveria? Sem água? Nunca, amigas e amigos! Tudo, neste país, depende da nossa região e ponto final. Mesmo se eu não fosse amazonense, jamais seria ignorante em relação ao Amazonas, assim como não sou no tocante aos dramas e às possibilidades do Nordeste. Considero uma cafonice infinita alguém desejar ser presidente da República e não entender de Amazônia, desconhecer seu potencial econômico trilionário.

Acorda Brasil!

*Diplomata, é diretor do Núcleo de Educação Política e Renovação do CPJUR – Centro Preparatório Jurídico, foi deputado federal e senador, líder por duas vezes do governo Fernando Henrique, Conselheiro da República, ministro-Chefe da Secretaria-Geral da Presidência, líder das oposições no Senado por oito anos seguidos, três vezes prefeito da capital da Amazônia.