DIA DO TRABALHADOR

Economia em frangalhos quadro fiscal desajustado. Desemprego em alta, crise habitacional aguda, dólar instável, em patamares elevados.

Fome espalhada pelo país. Crescimento da influência das organizações criminosas, a tríplice aliança entre tráfico, milícias e bicheiros de fachada, que já são traficantes também.

O trabalhador, dominado pela tríplice aliança, vive amedrontado nas ruas. Sua família corre perigo cotidiano.

O Estado brasileiro é inerte diante dos fatos e, a cada dia, mais cúmplice é omisso diante dessa situação horrenda.

O presidente da Guatemala é bem claro: “um governo que não combate o crime organizado, das duas uma: é deslavadamente alienado ou é parceiro das organizações do crime”.

Aliás, este vem crescendo pela conquista aberta, armada, pelo suborno, por sua crescente força política.
Em Manaus, há mais de 500 lojas esquentando o dinheiro do tráfico, segundo a Polícia Federal.

Os lavadores de dinheiro enriquecem, sem vender nada para ninguém. Os “chefes”, mais ainda. Aqui, o importante para essas lojas não é vender; é fingir que vende e deixar a contabilidade nas mãos, muito atentas dos que fazem as contas parecerem normais.

Dia do Trabalhador? Ou mais um dia do desesperançado, do escravo, do esbulhado, do traído?

Há quem enfrente essa situação deprimente. O governador Tarcísio de Freitas, por exemplo, enfrenta claramente as organizações criminosas.
Mas há, e como há, os inertes, os conformados, os que se deixam “governar” por bandidos que se arvoram em “donos do pedaço”.

Qual será a programação do presidente Lula hoje? Fará discurso, a céu aberto, na avenida Paulista? Ou irá às centrais sindicais, falar para pessoas “mansas”, “domesticadas”? Ou, ainda, ficará em casa, depois de mobilizar uma cadeia de rádio e televisão, prometendo mundos e fundos, com a vantagem de não escutar as vaias?

Dá para ser mais um hipócrita, a fingir que está tudo maravilhosamente bem?

Dá para repetir, pela milionésima vez, o episódio heróico de Chicago? No começo, era Dia do Trabalho. Depois a realidade renomeou para Dia do Trabalhador.

Minha solidariedade ao desempregado, a quem esteja em atividade, a quem é a base que sustenta este país.

Minha ternura a quem faz “bico” para sustentar sua família. Sob a vigilância de quem pratica seus crimes, cada vez com mais poder e INFLUÊNCIA, cada vez mais dono da vida . de cidadãs e cidadãos brasileiros.

Hoje não é dia de comemoração festeira.

É DIA DE CONSCIENTIZAÇÃO E LUTA!