CANÇÃO DO EXÍLIO

Acordei pensando na CANÇÃO DO EXÍLIO, do imortal poeta Gonçalves Dias. O general das badernas é G. Dias. O poeta, que nos enche de ternura e admiração, ele sim, é Gonçalves Dias. Vamos à íntegra deste poema que atravessa os tempos.
CANÇÃO DO EXÍLIO

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas tem mais flores,
Nossos bosques tem mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar – sozinho, à noite –
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Bom fim de semana às pessoas de coração meigo e sensibilidade para perceber a beleza da obra de Gonçalves Dias!

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