Segundo ex-prefeito Arthur Virgílio, “o presidente da República, Jair Bolsonaro, visivelmente apostava em atrair as Forças Armadas para uma aventura autoritária e, obviamente, destinada ao fracasso”

Manaus – A democracia brasileira, que enrijece suas instituições cada vez mais, saiu vitoriosa no recentíssimo episódio que ainda vai desenrolando seus últimos momentos. O presidente da República, Jair Bolsonaro, visivelmente apostava em atrair as Forças Armadas para uma aventura autoritária e, obviamente, destinada ao fracasso.

Isso teria um custo político elevado para o Brasil e para um povo generoso, que deseja o fim da pandemia de Covid-19 e o retorno dos empregos, do crescimento econômico sustentável e mais e mais direitos e liberdade de ir e vir e de expor o que pensa e sente, até porque sabe que o Brasil é grande e significativo, jamais minúsculo e inexpressivo.

Há quem negue os valores democráticos, e o presidente Bolsonaro é exemplo disso, mas a maioria tem ciência de que autoritarismo é sinônimo de atraso econômico, cerceamento à cidadania, comprometimento do meio ambiente, opressão às vozes discordantes e trevas intelectuais, ao invés de criação e luzes

Bolsonaro pretendia obter a edição de medidas excepcionais para limitar, à força, a revolta brasileira com o boicote presidencial à luta, que deveria ser de todos, contra a pandemia e a favor da vacinação, urgente e em massa, de todos os brasileiros. Afinal, “sem saúde não há economia”, como disse – sabiamente – o ministro da Economia, Paulo Guedes.

Nessa luta entre os militares que saíram e o caudilho que ficou, venceram os que se foram, resguardando suas biografias e mostrando ao Brasil que aqui não existe mais espaço para golpes e aventuras e aventureiros típicos de repúblicas bananeiras.

Ao invés de nomes como Rafael Trujillo, da República Dominicana; François e Jean-Claude Duvalier e seus tontons macoûtes, do Haiti; Marcos Pérez Jimenez e o início da tragédia venezuelana; nós aqui somos Juscelino Kubitscheck, Fernando Henrique, Joaquim Nabuco, Mario Covas e outros ícones da democracia brasileira.

Ditadura nunca mais! Os generais Fernando Azevedo e Silva e Edson Leal Pujol, o almirante Ilques Barbosa Junior, o brigadeiro Antônio Carlos Moretti Bermudez e seus camaradas acabaram de dar essa lição cidadã ao arrivista que sonhava com a escuridão, mas terá de se conformar com as luzes brilhantes da liberdade.

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