DOMINGO DE PÁSCOA

Dia familiar, sagrado, marcante, pacífico e renovador de laços de amor, paixão, fraternidade, amizade.

Lembro do meu falecido pai, senador Arthur Virgílio Filho, um dos heróis da luta pela redemocratização do Brasil. Ele sabe, com certeza, que estamos, aqui embaixo, lutando pelos mesmos fins nobres e necessários.

Jamais esqueço minha esposa, meus irmãos e minha irmã, minha mãe, professora Isabel Victória, a nossa amada Bebel, grande esteio da família.

Penso em entendimentos altivos e nobres, civilizados e civilizadores, que nos permitam reconstruir um país que virou o Coliseu romano: sinais de muita luta, de muito sangue, de muitas perdas, virando um escombro como o famoso Coliseu, sem, contudo, criar nenhum valor histórico positivo!

Ontem, entristeceu-me, muito!, o deboche calhorda, tentando ridicularizar Nosso Senhor Jesus Cristo torturado na cruz e nos pregos impiedosos.

Hoje, Domingo de Páscoa, início da madrugada, prometo que rezarei por essas almas atormentadas, infelizes, dignas de muita pena.

Espíritos vazios, que empobrecem tudo em que tocam: o povo brasileiro, suas vidas inúteis, sua falta de respeito pela crença religiosa alheia!

O Brasil é um país laico. Todas as religiões devem ser respeitadas. Sou católico, porém prezo, fraternalmente, os evangélicos, os espiritualistas, os kardecistas, as manifestações afro, que respeito porque quero e porque meu coração pede que seja assim.

Deploro a baixeza, o desrespeito, a ignorância perversa, o falso humor cretino, o desprezível sentimento de perseguição a adversários e a pensamentos, sempre invejosos por não terem sentimentos e nem saberem pensar.

Mas a Páscoa é momento de paz, nas palpitações generosas dos corações sensíveis.

Que Deus nos cubra a todos com suas bençãos amorosas.

Felicidades para as famílias, para os vulneráveis. Cura para os enfermos, trabalho para os muitos milhões de desempregados!

Sabemos, meu Deus, que vossa onipresença, onipotência e onisciência, se destinam a nos proteger a todos. Tenhamos cuidado, então, com o uso abusivo do livre arbítrio que ele nos

concede. Respeitemos os limites que Ele não nos diz quais são…ou não se trataria de livre arbítrio.

Feliz Páscoa para todos!

Deus zela por todos nós!

Ricardo Libório recebe a faixa-coral de Jiu-Jitsu no Brasil

Campeão Mundial, veterano do ADCC e treinador de MMA, Libório celebrou 31 anos como faixa-preta e recebeu o sétimo grau.

Em meados de 1993, após brilhar como faixa-marrom no Brasileiro de Jiu-Jitsu, Ricardo Libório encontrou o grande mestre Carlson Gracie na lanchonete Quebra Nozes, no andar de baixo da famosa academia de Carlson em Copacabana. Em meio a risadas e com os dentes pintados por um bom açaí, enquanto conversava com o amigo Aru, Carlson vira para Libório e diz: “Amanhã pode vir treinar de faixa-preta”. Sem festa ou pompa, Libório foi graduado. Contudo, 31 anos depois, no último domingo, dia 17 de março, o cenário foi completamente diferente.

Reunindo um verdadeiro panteão de grandes mestres com suas faixas-vermelhas, como Reyson Gracie, Fernando Pinduka, Carlos Rosado, os irmãos João Alberto e Álvaro Barreto, e Arthur Virgílio; além de outros faixas vermelha-e-branca e mestres da faixa-coral, Ricardo Libório iria receber sua faixa vermelha e preta. O salão nobre da AABB, no bairro da Lagoa, estava apinhado com nomes conhecidos do mundo do Jiu-Jitsu. Os que lá não puderam estar mandaram seu abraço em forma de vídeo, como Marcelinho Garcia, outra unanimidade do Jiu-Jitsu assim como Libório.

Antes de receber a nova graduação após mais de três décadas, Libório fez questão de pedir a graduação à faixa-coral de outros dois professores mais antigos que ele, que ainda não tinham recebido a honraria: Luiz Roberto “Bebeo” Duarte e Marcel Duque Estrada.

Após receber a faixa-coral, amarrada em sua cintura por Pinduka e Rosado, os mais antigos da academia Carlson Gracie, Libório dividiu algumas palavras sobre a importância de se tornar um mestre de Jiu-Jitsu, após anos como professor.

“Ser mestre é aprender a apanhar. É um círculo que se conclui. Não tenho mais como ganhar, a idade chega. Não importa o quão bom você é. O passo depois de ser mestre é buscar a saúde física, mental e espiritual. Arrumar um motivo que te leve de volta aos tatames todos os dias. Para mim, a felicidade é estar ali para ajudar. Passar conceitos, experiência, valores. Isso faz parte da minha filosofia. Deixei um cargo importante no Banco do Brasil anos atrás para viver o Jiu-Jitsu. Eu amo o Jiu-Jitsu e me sinto o cara mais feliz do mundo.”

Depois de passar anos como professor de Jiu-Jitsu, fundar a Brazilian Top Team e liderar a American Top Team, com passagens também pela Arábia Saudita, hoje o mestre se dedica a lecionar nos EUA. Uma legião de seus alunos americanos estiveram nos tatames montados na AABB, lugar onde Libório, aos quatro anos de idade, deu seus primeiros passos como lutador ao vestir seu kimono para treinar judô. Como disse o mestre, é um círculo que se conclui. Parabéns, Ricardo Libório.