
A ligação do ilustre advogado Cristiano Zanin, que já advogou em favor do presidente Lula, com as lojas Americanas é profissional. Apenas alerto para o fato de que me parece estar em gestação um projeto que repete o tradicional vício brasileiro de resolver crises privadas com dinheiro público. Sempre alegando ser medida para conter o desemprego.
Entendo que o justo é a rede de lojas ser absorvida por outra empresa. E que o negócio seja feito sob a orientação das autoridades competentes na matéria de fraudes, falências etc, sem envolver nenhum centavo de dinheiro público.
Deve ser investigada a possibilidade da fraude, deve ser ouvido o sr. Jorge Paulo Lemann e não é para dar ouvidos a uma possível bancada parlamentar ligada, pelo lado dos sócios, a esse tema. A cantilena certamente seria a “proteção de empregos”, no fito de conseguir, pela pressão ao governo, a entrada descabida de dinheiro público num assunto em que seria injusto lançar mão de dinheiro público, para cobrir rombos privados.
Dinheiro público é para investir em educação, saúde, transporte, infraestrutura, empreendedorismo, pagar em dia os servidores. Nunca para ser envolvido em falências e fraudes, como no caso das Amaricanas. Em falência, muito menos, marcada por suspeita de fraudes como é o caso das Americanas, que já causou grandes prejuízos aos investidores no mercado.